GPS tracks teens 24/7

GPS tracks teens 24/7

Matéria de ontem do Globe and Mail reporta pesquisa da Universidade de Indiana nos EUA que vai monitorar, com celulares equipados com GPS, o percursos de 160 adolescentes (garotas) de 14 a 16 anos para estabelecer padrões de percursso.


Imagem meramente ilustrativa

O objetivo? Saber por onde elas andam, identificar “lugares perigosos” e depois criar sistemas que enviam mensagens de texto automáticas ao celular avisando do “perigo”, no momento em que as jovens se aproximem desses lugares. Pode servir também para que os pais monitorem as adolescentes e possam enviar SMS controland0-as.

Vemos aqui o controle e o monitoramento do deslocamento, não apenas a vigilância do confinamento, embora essa não esteja descartada. Mais ainda, juízos (que não aparecem no texto) sobre o que é um lugar perigoso e um “parti pris” sobre a ingenuidade ou mesmo imbecilidade das jovens, que não saberiam onde estão andando e que precisariam ser avisadas sobre os lugares perigosos.

Pensem nos jovens de hoje (ou mesmo da minha geração). Se fóssemos monitorados e alertados a cada vez que nos aproximássemos de algo considerado perigoso (pelos nossos pais, pelas autoridades, ou por outros de outra geração), não sairíamos de casa, ou de lugares completamente familiares e sem graça…Seria legal ir a uma festa no subúrbio? passear na praia a noite? encontrar amigos naquele bar fora do circuito habitual? E não é exatamente isso que fazem os adolescentes? No fundo não são eles que sabem justamente onde estão os lugares perigosos? Bom, falando de Brasil então, não há nada mais perigoso do que a rua! Cada vez que passásemos pela porta de casa, o celular receberia uma SMS avisando do perigo!

Alguns trechos to texto sobre a pesquisa coordenada pela pesquisadora Sarah Wiehe da escola de medicina:

“(…) ‘If we know there’s an area of town where an adolescent girl is more likely to engage in some sort of risky behaviour, then we could potentially program those phones to deliver an intervention,” Sarah Wiehe said.’ Once a pattern is established, the phones will be used to contact the girls when they are approaching a place where they tend to misbehave, sending them a text message encouraging healthy behaviour or simply asking them what they are about to do. Using cellphones with GPS to monitor teens is a bit like tagging wild animals to track their migration patterns, Dr. Wiehe admits, but stresses she has the participants’ consent and information about what they do will not be shared with their parents or any other outside party.

(…) GPS technology has become an important tool for researchers attempting to figure out the rituals of youth, she said, as it is able to provide a constant, accurate picture of where individuals spend their time. Other academics are using cellphones to study patterns in teenage physical activity, she said, and how teens interact with their urban environment. (..) But using GPS to monitor anyone’s movements raises concerns about privacy. Dr. Wiehe said that although the subjects were repeatedly reminded that the phones would be used to track their location, many girls were surprised by how accurately the GPS could trace their movements.(…)”