A luz das cidades digitais

Um artigo muito completo sobre as cidades digitais e redes sem fio no Brasil. Vejam a matéria A luz das cidades digitais, da Revista A Rede. O Ministério das Comunicações elaborou um Plano Nacional de Cidades Digiatis para levar banda larga a todo o país. Mais cidades, além das citadas no meu último post, estão experimentando (ou em teste) redes sem fio oferecidas pelas municipalidades:

Rio das Flores e Quissamã (RJ), Alterosa (MG), Almenara (MG), Cacique Doble (RS), Goiás (GO), Garanhuns (PE), Lavrinhas (SP) e Pindorama (TO), Barbacena (MG)…

Para mais informações sobre o Plano Nacional de Cidades Digitais vejam os links do Ministério das Comunicações e do Serpro.

Vejam quanto custa instalar um sistema assim:

“Quanto custa?

Segundo Jorge Coelho, diretor de serviços públicos da Cisco do Brasil, o mais caro num projeto municipal de rede sem-fio é o link de acesso à internet, que precisa conectar a estrutura da cidade no backbone de uma operadora. Com um alcance de 500 km, sai na faixa de R$ 5 mil a R$ 10 mil por mês.

O terminal para conexão WiMAX é mais caro do que o de Wi-Fi – US$ 200 e US$ 20, respectivamente. Mas, como seu alcance e sinal tem melhor desempenho, quando se usa backhaul de WiMAX (para assegurar a conexão à internet num ponto-chave da cidade), combina-se a tecnologia com pontos de acesso Wi-Fi na ponta, porque a placa de rede é mais acessível.

Para operar a rede, Jorge acredita que sejam necessários um ou dois gerentes, contratados da prefeitura (ou terceirizados em convênio) e treinados pelo fabricante dos equipamentos. São eles que farão a gerência, vão monitorar os problemas e acionar fornecedores e parceiros. A instalação, para evitar a compra de torres, pode utilizar postes de luz, desde que a companhia elétrica ceda 110 ou 220 voltz para ligar a antena. Cada célula Wi-Fi custa cerca de US$ 5 mil. No caso de Tiradentes (MG), cada uma cobre 300 metros. Mas esse alcance depende da topografia local.

Jorge avalia que, no caso da cidade histórica mineira, o investimento, caso fosse pago, seria da ordem de US$ 30 mil/ano. Esse valor, dividido por 7,5 mil habitantes, equivaleria a um custo de US$ 4,00 per capita. O suporte e a manutenção saem por cerca de 10% do total gasto, ou cerca de US$ 3 mil anuais ou US$ 250 por mês. Ou seja, somando-se os dois gerentes da rede (cerca de US$ 2 mil, incluindo encargos sociais), e US$ 2,5 mil de link, chega-se a um custo mensal de US$ 4,750 mil. Sem incluir microcomputadores, nem as placas de Wi-Fi que os terminais precisam dispor.”