A rede é incrível mesmo. Um jogo de proximidade e distância que reflete a vida como uma luta constante entre o imaginário e o real.

Depois do meu último post, recebi várias mensagens de pessoas que não conheço pessoalmente, de outras que conheço e estão muito distantes fisicamente, mas próximas afetivamente, e de algumas outras poucas, próximas fisicamente, mas nem tão próximas assim afetivamente.

Da maioria das pessoas próximas físicamente, que são “tão amigas”, não recebi nem um telefonema…Fiquei meio amargurado com a falta de atenção, mas às vezes nos achamos mesmo muito importantes, quando na realidade não somos nada. Cobramos a partir dessa sensação de importância não correspondida…vamos trabalhando para nos colocar na nossa insignificância, e aceitá-la.

Somos mesmo incorrigíveis. Descuidamos de quem está próximo, brigamos com quem mais amamos…Às vezes, não sempre, o contato vem de longe justamente por não haver possibilidade de contato. Toco mas me protejo na distância. As vezes, o contrário. O contato não vem do mais próximo por estar sempre em contato. “ele sabe que estou aqui”…sabemos? Nem sempre. Difícil acertar os ponteiros.

Li hoje na Trip, na coluna do ex-presidiário Luiz Mendes: “a vida é a força que se move para além da imaginação, encaminhando-nos para a realidade”. Pois é, parece mas será que é isso mesmo?

Certeza é que tudo está por um fio e temos que deixar pra lá, desfazer os nós, aceitar e ir em frente.

tão longe, tão perto…tão perto, tão longe