Sensing, Context, Place, Territory

Sensing, Context, Place, Territory

Para fechar a semana, um conjunto de projetos e vídeos que mostra a relação das mídias locativas com as cidades na criação de novos sentidos dos lugares e, consequentemente, na transformação das formas de mobilidade e sociabilidade nas grande metrópoles (agradeço os que me enviaram links!).

Primeiro o vídeo “Context Aware Mobility Project”, mostrando um sistema que reaje ao contexto e informa aos usuários sobre as redes wi-fi e 3g disponíveis no caminho e em seus trajetos futuros. Vemos aqui com a territorialização informacional dos lugares (fusão de dimensões físicas e eletrônicas) interferem nas práticas urbanas de mobilidade, tendo impacto direto nas formas de comunicação e sociabilidade.

Ja o vídeo, “Participatory Sensing”, chama a atenção para o potencial participativo do uso das mídias locativas para coletar dados sobre o meio ambiente urbano. Aqui, a territorialização informacional permite uma ação mais consciente do espaço urbano, podendo ajudar no desenvolvimento de políticas públicas que transformem as práticas ambientais locais. Mais uma vez a visualização de dados criados de baixo para cima e de forma participativa engaja os participantes em uma busca constante para redefinirem os seus hábitos de mobilidade, sociabilidade e comunicação. Sentir coletivamente um lugar é uma forma de construir aí um sentido social.

Agora dois projetos brasielrios em “locative media art” que exploram o espaço urbano para marcá-lo, seja como um jogo, no projeto Lugar, seja como uma performance artística, como em Territórios 23°34′ S 46°39′ W. Interessante ver que ambos usam as mídias locativas para reforçar a criação de um sentido de lugar, sendo bem explícitos em seus nomes. O primeiro, Lugar, é um jogo para desenhar com um GPS a letra “L”, de lugar, em cidades como Tóquio e Curitiba e o outro, “territórios”, usando câmeras e GPS para uma performance na Galeria de Arte Sesc Paulista.

Abaixo imagens e descrição da ação urbana LUGAR:

“Lugar é uma ação urbana criada por Tom Lisboa que teve início em outubro de 2008, em Tóquio. LUGAR é uma espécie de jogo que (como qualquer jogo) é orientado por um conjunto de regras. O objetivo é “desenhar”, caminhando, a letra L (de lugar) na planta de determinado espaço urbano e, ao mesmo tempo, desenvolver um ensaio fotográfico neste trajeto”.

Agora, descrição e um vídeo do Territórios 23°34′ S 46°39′ W:

Foram realizados mapeamentos com dispositivos de GPS e câmera de vídeo sem desprezar os ‘ruídos’ decorrentes dos sistemas de captura empregados e das interferências atmosféricas do entorno.

A partir do material coletado foram criadas visualizações audio-visuais controladas por sensores infravermelhos relacionados ao fluxo do interior da galeria que incidiam nas projeções externas da fachada devolvendo ao espaço urbano uma construção estética da sua própria complexidade e ao mesmo tempo uma deconstrução da idéia da cidade como cartão postal.”