Nano World!

Nano World!


Visitei hoje o National Institute for Nanotechnology (visitem o link para ver a dimensão da coisa: “the $52.2 million, 20,000 square metre building is one of the world’s most technologically advanced research facilities and houses ultra quiet laboratory space – the quietest such space in Canada”), aqui na University of Alberta, um dos mais importantes do mundo em pesquisas na área do infinitamente pequeno.

Um prédio de última geração, assim como os equipamentos que dão abrigo a um pool (empresas incubadoras, universidade e governo) para os avanços das aplicações tecnológicas nesse campo (tecidos, medicina, telecomunicação, computadores, materiais). A visita foi no bojo das discussões do seminário coordenado por Rob Shields sobre “Visibilidade e Materialidade”, justamente aqui onde nada se vê (as imagens são representações e simulações dos fenômenos nanomicroscópicos e não podemos entrar nos laboratórios por medidas de segurança e para não interferir nos experimentos) e onde a matéria (e o seu status) está em jogo no nível subatômico.

A discussão do seminário ficou centrada (para resumir grosseiramente) na economia política da nanotechnologia, na inovação cinetífica e tecnológica, no domínio da ciência e da técnica sobre o mundo exterior. Trata-se de um novo paradigma científico (teorias dos quanta, probabilidade – diferente do paradigma mecânico newtoniano), mas efetivameente de uma mesma dinâmica tecnológica (a nanotecnologia é a aplicação técnica dos princípios da nanociência), ou seja de fazer, no nível micro, o que a humanidade persegue no nível macro desde a sua existência: transformação da natureza, criação de espécies e fomas de vida, busca de poder, controle e de consumação desse desejo de “sair de si” (ou qual seria mesmo?).