Feriado na Bahia. Dia da independência.

Pouco importa, meu leitor virtual!

Escrevo esse diário e você está aí, virtualmente, de qualquer lugar e a qualquer momento. Que motivo te leva a ler? que tipo de leitor é você? que tempo, dentro deu dia a dia, você dedica à leitura? Não nos esqueçamos, somos o que fazemos com o nosso tempo. Pois é, e sempre que fazemos uma coisa temos que deixar de fazer uma outra. A leitura, e por tabela a escrita, precisam de um tempo próprio. Pensando assim, trata-se de um problema de agenda. Seria isso?

De certa forma sim…mas por outro lado não!

Pois bem, Daniel Pennac em seu “Comme un roman” (Paris, Folio, 1992) vai afirmar o contrário. Ler não é uma questão de agenda, mas de vida. Mais do que obrigação do dia a dia, incluída aí aquela de encontrar brechas, ler é um estilo de vida. Você, aqui, agora, está cumprindo o horário de sua agenda? fazendo uma leitura útil? ou você encontra aqui (na leitura, não na minha escrita) o seu estilo de vida? sua única forma de vida? Mesmo que sua agenda não permita, você encontra esse tempo prá você, essa brecha que te permite ser?

Ler (e escrever), como o amor, dilata o tempo, elastece o vivido. Para Pennac “la lecture ne releve pas de l’organisation du temps social, elle est, comme l’amour, une maniere d’etre”,.

será você, leitor virtual?