Minha amiga Celma de Paris me manda um email com as impressões sobre o ano do Brasil na França. Coloquei pequenos trechos:

Quando os Franceses invadiram o Brasil, “na França”…

Pois é, tenho me sentido um peixe tropical “dentro d’água…FRIA”.

De março à dezembro/2005, é “l’année du Brésil en France”, Fico feliz e me digo: teremos muitas programações interessantes. Ando pelas ruas, as vitrines são todas verdes e amarelas, as francesas no meu trabalho andam pelos corredores com sandálias havaianas, fitinhas do Bomfim, (vendidas o pacotinho de 5 ou 10 não sei mais chez Marionaud, por 5 euros) camisetas escrita “BRASIL”, colares com Sta. Rita, Sta. Luzia, etc… No radio mil programas, o tema é Brasil, o ministro da cultura “Mr. Gilberto Gil” com seu “accent très exotique” é convidado de Rebeca Manzonni a France Inter, fala do ano do Brasil, mas 95% é musica, como se o Brasil só tivesse musica. E a arte plástica? o teatro? a dança? a fotografia????… Enfim não se desesperem, tem tudo isso também no programa feito pela AFAA “l’Association française d’action artistique” mas, hélas, não é divulgado com a mesma intensidade que a música. Dizem que atrás dos bastidores é uma desorganização total. Voilà, o ano do Brasil se transforma em comercial para o disco do “Mr le Ministre”. Ainda bem que existe os canais de televisão France 4 e 5 com programas culturais que mostram muitos programas interessantes… dando a oportunidade aos franceses de descobrir o que é realmente o Brasil. E a garotada aqui de férias pode ver a mini serie feita pela globo “La cité des hommes”

Malgrés tout ça, fico feliz de poder ver, “Brésil Indien: Les arts des Améridiens”, a expô não tinha muita gente apesar de ser no Grand Palais, (os franceses fazem a fila pra ver Matisse, no mesmo momento) a expô estava belíssima! E em breve, “Brésil, Héritage African” (Musée Dapper), “Pierre Verger” (au Jeu de Paume), “Amazônia Brasil” (Palais de la Découverte) , exposição itinerária, mostrando as crianças “le projet de sauvegarde initiés par l’Etat brésilien”. “Marepe “(Centre Pompidou), “Adiana Varejão” (Fondation Cartier). O Brasil não é só MPB.