Cellphones and Montreal Riots

Cellphones and Montreal Riots

Ontem após o jogo de hockey entre os Canadiens de Montreal e Boston, que classificou os Canadiens para a próxima fase da competição, houve ataques a carros de polícia e quebra-quebra de lojas no centro da cidade. Poucos mas ativos holligans colocaram fogo em carros da polícia e semearam violência e baderna no centro. E olha que o time ganhou e não houve problemas entre torcidas…apenas violência gratuita. Vejam matérias no Guardian e no Montreal Gazette para mais infos.


Vídeo com imagens da CBC

Em todas as imagens que vi (na TV, no YouTube em blogs e fotologs) há pessoas usando os celulares. Aqui os vândalos filmaram, pessoas comuns filmaram e todas essas imagens estão sendo usadas pela polícia (como informado por matérias que acabo de ver na TV) para prender outros manifestantes. Algumas pessoas presentes, incluindo aí os comerciantes atingidos, enviaram filmes e fotos feitas com o celular para a polícia. Vemos a força de circulação dessas novas imagens. Até agora 16 pessoas foram presas, sendo dois menores.


Imagens de testemunhas

Aqui podemos destacar algumas características dos telefones celulares: portabilidade e mobilidade – o uso sempre colado ao corpo permite facil e rapidamente a gravação de vídeos e fotos, ou seja, possibilidade de produção de conteúdos e emissão de informação em mobilidade; testemunho local (para todos os envolvidos) e a importância do lugar nesse testemunho (“onde estou e o que estou fazendo”); instrumento de comunicação (por circulação em rede das imagens, voz e SMS entre amigos e supostos interessados); como instrumento de um olhar vigilante panóptico (usado por todos, holligans, passantes, policiais e comerciantes). Vejam post anterior sobre esse tema. Destaco em síntese as principais características: a portatibilidade, a mobilidade e a versatilidade do dispositivo (um DHMCM) criam assim testemunho em primeiro grau, reforço local, reforço comunitário, imagem como instrumento de comunicação efêmero e imediato, vigilância. Há vários sites, blogs com imagens e vídeos e uma rápida busca na rede revela a amplitude do fenômeno.


Há várias fotos feitas com celular e colocado no Citynoise, um fotoblog coletivo.