Estava pensando sobre as novas gerações e em quanto nós as menosprezamos. Enaltece-se a nossa numa nostalgia sem nenhuma evidência. Deixo isso para reflexão depois de ver com olhos o que acontece ao meu redor.

Minha filha tem 7 anos e já mexe com destreza em todos os equipamentos eletrônicos (dvd, telefone sem fio,celular, computadores). Ela já emite informação para o mundo no seu “flog”, onde entra virtualmente em contato com outros “flogs” (pessoas) pedindo comentários sobre aquilo que ela posta. Eu nunca publiquei nada, nunca falei ou escrevi para alguém que não conhecesse. Eu consumia televisão americana e música americana, embora adorasse na época o “Secos e Molhados”. Ela escreve e publica “para o mundo”, virtualmente, coisas, enquando eu (minha geração), com 7 anos apenas consumia(mos) Hanna Barbera e National Kid.

Nossa geração nunca escreveu nada sem nos obrigarem. Já a geração da minha filha, comunica por SMS, por celular, brinca presencialmente com as colegas…e emite, entrando em comunhão com outros não necessariamente conhecidos. Ela domina os dois pólos da comunicação, emitindo e recebendo informação. Minha geração apenas consumia. E, se tivéssemos sorte de estar em bom “ambiente”, poderíamos ter uma visão crítica sobre o que recebíamos. Se não, como na maioria dos casos, estaríamos para sempre presos nas garras da emissão. Minha filha bota no seu “flog” fotos da Pitty, rock brasileiro pesado, enquanto eu ficava bobo com os dançarinos e cantores americanos, especialmente os Jackson Five que gerou um Michael Jackson…

Sem nostalgia e com humildade, temos muito a aprender com as novas gerações.