Vigilância


Monitorando meus próprios percursos em Montréal, no projeto Identité, em 2008.

Publico aqui, no link biblioteca desse Carnet, um artigo sobre vigilância apresentado em 2009 na PUC-PR, e só agora publicado no interessante livro Vigilância e Visibilidade. Espaço, tecnologia e identificação”, publicado pela Editora Sulina de Porto Alegre. Nesse artigo, discuto a questão da vigilância com as mídias de geolocalização. O artigo Mídia Locativa e Vigilância. Sujeito Inseguro, Bolhas Digitais, Paredes Virtuais e Territórios Informacionais está disponível agora para download [ e aconselho ao(a) leitor(a) comprar o excelente livro para ter uma completa visão do problema da vigilância e da visibilidade hoje]. Abaixo um trecho do artigo:

A mobilidade por redes ubíquas implica maior liberdade informacional pelo espaço urbano mas, também, uma maior exposição a formas (sutis e invisíveis) de controle, monitoramento e vigilância. Segundo Gow (2005), “the essential qualities of the ubiquitous network society vision are invisibility and pervasiveness”. Invisibilidade e penetração em todas as coisas têm sido o tema dos debates contemporâneos sobre as mídias locativas e a “internet das coisas”. Emergem aqui sérias ameaças à privacidade e ao anonimato. (…)

O novo regime “invisível” dos bancos de dados, de localização e cruzamento de informações, de monitoramento de perfis de consumo e dos movimentos pelo espaço urbano crescem na mesma medida que a liberdade de locomoção e de acesso/distribuição de informação. Não é por acaso que esses serviços e tecnologias surgem de pesquisas militares, prolongando a vigilância estatal, policial, comercial e industrial desde o século XVIII. Empresas e governos têm utilizado essas tecnologias para a coleta de dados pessoais, nem sempre realizada com o conhecimento ou o consentimento do cidadão. Para uma ação efetiva que proteja os indivíduos de sistemas de vigilância (estatais, militares, comerciais) que possam violar seus direitos, é necessário o reconhecimento dos novos territórios informacionais. (…)”

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