Em tempos de Copa do Mundo, preenchendo o álbum da copa com meu filho, reencontrei um caderninho que tenho desde 1975 com autógrafos de alguns jogadores que passaram pela cidade. Por sorte do destino, todos ficavam sempre no hotel em frente a minha casa, o Hotel Vila Velha, na Vitória. Ia lá com amigos, esperávamos as delegações e pedíamos autógrafos. Tinha 13-14 anos e este caderninho é uma relíquia. Jogadores consagrados, alguns já mortos, figuram aqui. Vocês poderão ver os times do Flu, Botafogo, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Internacional e a Seleção Baiana da época. Tinha do Flamengo também, com Zico surgindo, mas não achei…
Lembrei de um conto do livro do Paul Auster, O caderno vermelho, no qual ele conta uma história de como, por causa de um autógrafo, decidiu tornar-se um escritor. Aficionado por baseball, Auster foi, com 8 anos de idade (se não me engano), junto com os primos e tios ver um jogo no estádio (não lembro qual foi e já dei o livro, logo, não tenho como rever a informação precisa). Ao término do jogo, eles ficaram conversando no estádio e esqueceram do tempo. Depois que todos saíram, eles foram obrigados a pegar uma saída que era a mesma dos jogadores. Assim sendo, e por obra do acaso, ele encontra o seu ídolo, o jogador que para ele era um herói, o melhor do mundo. Auster pede então um autógrafo e o jogador (esqueci o nome, mas pouco importa para a história aqui) diz que sim, com prazer e pede uma caneta. Auster não tinha. Pede aos tios, aos primos e ninguém tinha uma caneta. O jogador diz então que, infelizmente, não vai poder dar o autógrafo. Auster segura o choro e decide que andaria sempre com uma caneta no bolso. E assim faz até hoje. Como tinha sempre uma caneta no bolso, foi forçado a dar um uso ao objeto: escrever. A partir deste episódio, botou na cabeça que seria um escritor. E, na minha opinião, é um dos grandes da atualidade.
Vou começar pelo maior time de todos.
FLUMINENSE
Na página abaixo, o maior que vi jogar ao vivo: Roberto Rivellino. Junto com ele o goleiro Nielsen
Acima, podemos ver o zagueiro Edinho, Erivelto, Carlinhos e o capitão do tri, Carlos Alberto Torres. Uma delas eu não consigo identificar.
Abaixo, Kleber, Rubens Galaxy, Fernando e dois outros que não sei quem são.
Acima, acho que é o búfalo Gil, Jair, Rivellino de novo e o grande Dirceu, que jogou muito na copa de 1978 e morreu jovem. Abaixo, Nielsen de novo e o zagueirão Miguel, que fazia a defesa com Edinho.
BOTAFOGO
Acima vemos Carbonne, Ézeo, acho que Zagallo, técnico na época, Carlos Roberto e Cremilson, que não lembro quem foram e um que não sei se é Nilson. Abaixo Zagallo de novo, Jair Bragança, dois que não reconheço, e um abraço do grande Dirceu, agora no Botafogo.
SELEÇÃO BAIANA
Acima, Baiaco, Gibira e Sapatão. Os outros eu não reconheço. Abaixo Walter (não lembro quem era), Dendê, Douglas (que jogou no Santos), Merica (jogou no Flamengo), Jorge Vitório, o “cavalo” Roberto Rebouças e Luis Antônio. Ou outros eu não conheço.
Abaixo o goleador e polêmico Beijoca, Jorge Valença, o ponta direita Osni. E um outro irreconhecível.
INTERNACIONAL
Nas próximas páginas podemos ver Jair, Pontes, o grande ponta esquerda Lula (que jogou antes no Fluzão), o grande Falcão e dois outros que não lembro.
CRUZEIRO E ATLÉTICO
Acima, nomes míticos do Cruzeiro: Nelinho, Dirceu Lopes e Palhinha. Vemos também na página da direita, jogadores do Galo como Getúlio, que depois jogou no São Paulo, Marcelo Oliveira, atual técnico do Cruzeiro, o grande centroavante Reinaldo e outro que não reconheço. Devo a identificação dos jogadores do Atlético, paradoxalmente, ao amigo cruzeirense José Benjamin Picado (obrigado querido!).
Peço que os que venham a reconhecer os outros autógrafos, entrem em contato comigo (almlemos@gmail.com) para que eu possa atualizar.