NY/SP

Estive em dois eventos em São Paulo desde o dia 17, um na Fapcom junto com o Pierre Lévy e outro no TIDD na PUC/SP. Em breve coloco também impressões sobre a exposição do FILE (que se realizava no mesmo período – só vi a exposição e não as palestras) e dois artigos sobre celulares e cidade que estão no prelo.

Agora, chegando de viagem, cansado, coloco apenas a citação do “Uma casa no Fim do Mundo” de Michael Cunningham (Cia das Letras, 1990) sobre a cidade de Nova York que, não da mesma forma, lembra São Paulo. Acompanha a imagem do Tadeu Silva, aqui de Salvador, tentando fundir as cidades de concreto (aqui a avenida contorno mostrando a ligação da cidade baixa com a cidade alta) e as de bits e bytes.


Imagem Tadeu Silva

“Ela reverberava. Essa foi a primeira coisa que observei. Suas moléculas pareciam mais excitadas; as coisas fremiam e rebrilhavam de tal maneira que se tornavam difíceis de ver. Os edifícios e as ruas emitiam mais luz que a claridade que vinha do céu – e tudo isso explodia na frente da gente, de modo que a visão só captava fragmentos. (…) Tudo o mais era uma contínua explosão, a cidade estourando e se despedaçando ininterruptamente” (Michael Cunningham).