Montreal High-Tech
Nesse fim de semana, sexta e sábado, visitei lugares que desenvolvem projetos com novas mídias.
Oboro
Na sexta fui ao Oboro, centro dedicado a produção e apresentação de arte, práticas contemporâneas e novas mídia, para o lançamento da revista hipertextual, bleuOrange 00.
Lançamento da blueOrange 00
Dança, música e apresentação dos projetos interativos, hipertextuais, vídeo-instalações, etc…que aparecem no primeiro número da revista. O evento foi interessante, mas me pareceu datado. Nào gostei dos projetos apresentados (e isso não foi por causa do meu mau humor ou do meu sarcamo, coisas de que sempre sou acusado ;-)). Sinceramente, me senti no começo dos anos 1990 com toda aquele discussão sobre narratividade, literatura e hipertextos. No entanto, para não dizer que não gostei de nada (embora não tenha achada nada muito relevante ;-))), destaco o trabalho de Grégory Chantonsky, “Sodome@home”. A instalação tinha dois telões projetando cenas de “O s 120 dias de Sodoma”, de Pasolini e imagens do Flickr, mostrando por um lado a radicalidade do facismo e de outro a “banalidade” do flickr. Não fica claro a escolha, nem a crítica, mas o efeito é interessante. Vejam vídeo abaixo feito lá exibição na sexta.
Video de Grégory Chatonsky, Sodome@home
Digital Chile 08
Entrada da exposição Digital Chile 08
No sábado, visitei a exposição Digital Chile, no SAT, La Société des arts technologiques. Mais atual, mostrando projetos e instalações interativas com sons, imagens de síntese, vídeos, fotografia de vários artistas chilenos como Isabel Aranda, Klaudia Kemper, Alberto Lagos, Roberto Larraguibel, Félix Lazo et Claudio Rivera-Seguel. A pequena, mas consistente exposição desperta interesse no visitante e revela o desenvolvimento da arte eletrônica no Chile. Tentei evitar comparações e fiquei pensando se não seria interessante uma mostra como essa, só que com todos os paíse da América Latina.
Roberto Larraguibel, “EQUILIBRIUM/EXPLORER”.
Estrutura que produz sons e efeitos visuais a partir do equilíbrio do visitante sobre uma placa.
Desctaco o belo trabalho de Klaudia Kemper, “Body Project”. Uma estrutura no centro de uma sala recebe imagens de vídeos em loop de 4 DVDs com fragmentos de corpos (boca, seio, mãos, olhos…). A estrutura composta por esferas parece uma criatura, algo parecido com um organismo. O mesmo parece ir ganhando vida com movimentos e sons da projeção das imagens dos corpos desconstruídos nas imagens. Os sons que ouvimos emanam das imagens dos corpos. Vejam imagens e dois vídeos feitos ontem na exposição.
Body Project, Kladia Kempre
Klaudia Kemper, Body Project, SAT, Montreal
Klaudia Kemper, Body Project, SAT, Montreal