Mixed Reality
Mixed reality ou “augmented reality” (Azuma, 1997) são expressões utilizadas para descrever sistemas que interpolam informação digital a espaços físicos, urbanos, privados, públicos e semi-públicos. Há exemplos no turismo/game, como o Time Warp em Colonia, em pervasive games como Epidemic Menace, em obras artísticas como o Invivíveis de Bruno Vianna, ou aplicações científicas e comerciais voltadas para pesquisa e aplicações de localização com dispositivos móveis. Podemos definir mixed reality ou augmented reality como sistemas informatizados usando tecnologias e serviços baseados em localização onde o usuário, a partir de dispositivos especiais (tipo VR ou outros tipo de visor), interage com o espaço físico e com camadas informacionais a ele interligadas. As fotos abaixo ilustram essa definição.
Os sistemas demonstram a relação entre espaço eletrônico e espaço físico trazendo novas funções (informacionais, sociais, culturais, artísticas, lúdicas) aos lugares. Tenho chamado esse hibridização de territorialização informacional e propondo ver essas novas funções como heterotopias emergentes na sociedade da informação. Outros autores chamam esse “território” de “espaço instersticial” (Santaella, 2007), “digital bubble” (Beslay e Hakala, 2005) ou “virtual wall” (Kapadia, et al., 2007). O que interessa ver aqui é a nova fase da cibercultura, que chamo metaforicamente da fase do “download” do ciberespaço, da “internet das coisas”, ou como mostrava Ben Russel no seu Roadmap Manifest de 1999: “The internet has already started leaking into the real world” (1999). Vejam abaixo como o “Second Life” está sendo “baixado” para os espaços e lugares públicos/semi-públicos através de posts do transArchitectural Topography, de Michael Ditullio. Ele aponta para experiências de realidade mixta/aumentada, com telas sobreposta a espaços públicos em que avatares do “second life” interagem com pessoas “reais” na “first life”. Trechos e imagens do Michael Ditullio.
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