Dados, coisas, internet…

Uma rápida passagem pelas minhas abas agora abertas no navegador. Nem sempre tenho tempo para colocar aqui impressões. Agora também não tenho, mas vou deixar alguns links, vídeos, trechos de textos e infos interessantes para mostrar como esses temas são de grande impacto hoje: Big Data e jornalismo, coisas, objetos e internet, internet e política…

Vejamos:

Sobre Big Data e jornalismo, vejam os interessantes vídeo do Datablog do Guardian, em três partes. Vale conferir.

Ainda sobre esse tema, Hans Rosling, tenta explicar o dilúvio de dados de forma muito interessante: “You’ve never seen data presented like this. With the drama and urgency of a sportscaster, statistics guru Hans Rosling debunks myths about the so-called “developing world.”

Vamos agora sair dos dados e ir para as coisas, sem abandoná-los. Os vídeos foram colocados em relação no post Internet of Things is coming. Tell your kids!. Abaixo, mais uma explicação (!) sobre Internet das coisas, com a European Commissioner for the Digital Agenda, Neelie Kroes:

E aqui, para aprender o que fazer com isso, com Ayay Bdeir, do Little Bits.:

Ainda no tema da Internet of Things (IoT), chamada para uma reunião, amanhã, em Paris, com interessados sobre o tema em um encontro informal. Mas o interessante é o texto:

“En tout état de cause, la rupture ontologique induite par l’Internet des Objets met en exergue des concepts qui ne sont ni nouveaux (Antiquité, Renaissance) ni inconnus de religions ou philosophies orientales : selon la vision shintoïste, tout objet dispose d’un esprit. Mais il faut aussi bien comprendre qu’elle enterre définitivement l’idée selon laquelle l’homme est voué, grâce à la technique, au savoir absolu (idée sous-jacente des courants positivistes ou transhumanistes). En effet, en s’attachant à modéliser l’intelligence artificielle pour la dispenser aux objets inertes, “l’homo informaticus” comprend toute la complexité et la profondeur de ces notions d’intelligence, de conscience ou même de savoir. Tenter de faire les objets à notre image, c’est porter sur nous-même un regard introspectif mais aussi nous faire rentrer dans une boucle étrange ou l’observateur est l’observé…

C’est aussi l’occasion de replacer ces CyberObjets dans une perspective plus vaste : « L’évolution majeure que nous sommes en train de vivre … réside dans la mutation des différentes formes d’intelligence collective vers une « intelligence interconnectée globale … à l’échelle de la Terre. » (Gilles Berhault, « Développement durable 2.0 – L’Internet peut-il sauver la planète ? », Edition de l’Aube, 2008). Vernadsky et Theilard de Chardin ne sont pas loin… Le Cybionte de Joël de Rosnay non plus. Pour reprendre en main le pilotage de sa propre histoire, au sens Sartrien, l’humain doit donc s’adapter au nouvel écosystème qu’il contribue à créer. Et, comme le souligne Jeremy Rifkin, cette adaptation passe par une évolution de ses schémas mentaux : à l’échelle individuelle mais surtout collective. (…) Les CyberObjets sont ces miroirs de nos consciences qui peuvent nous aider à nous améliorer, nous sublimer… ou nous faciliter la perte de notre condition humaine.”

Nessa mesma “vibe”, recebo hoje de manhã do meu amigo Rodrigo Firmino seu artigo com Fábio Duarte, “Da coisa ao objeto, do artefato à tecnologia ubíqua”. Trecho:

“(…) Mas era, muito antes, um mundo de coisas. E as coisas existiam por si mesmas. E o humano vivia entre as coisas. E o humano, para sobreviver entre as coisas, e para dominar o mundo de coisas, buscou entendê-las. Frágil, não podia apossar-se delas, tomá-las para si. Mas foi capaz de entendê-las, em suas características físicas, biológicas, químicas. E o humano apropriou-se do mundo de coisas pelo seu entendimento. O humano sabia a coisa antes de possuí-la. E dominou-a. A coisa não valia pelo que era, mas pelas suas possibilidades. E o humano fez da coisa, ciência; e fez da coisa, objeto; e fez da coisa, ferramenta. Frutos ganharam valor pela semente – não pela saciedade da fome imediata, mas por evitar fomes futuras. Pedras tornaram-se muro – e a possibilidade de proteção. Ossos tornaram-se armas de caça – e a possibilidade de ingestão constante de proteína. E o mundo de coisas deu lugar ao mundo da ciência, dos objetos e das ferramentas. Ciência, objetos, ferramentas são o mundo de coisas entendido e transformado.(…)”

E vindo mais uma vez do excelente Internet of Things, informação sobre um CFP para o IEEE System Journal. Na chamada podemos ler:

The Internet of Things (IoT) is becoming an attractive paradigm to realize interactions among ubiquitous things in the physical, cyber, and social spaces. In the IoT, the ubiquitous things are assigned with the capability of comprehensive perception, reliable information transmission, and smart processing, in which intelligence becomes a significant feature and should be highlighted. The intelligent IoT enables distributed intelligent devices (e.g., sensors, actuator, and data centers) to play novel roles as smart data acquisition, advanced information extraction, self-adaptive control manipulation, reliable transmission, and intelligent decision support and services. The success of intelligent IoT highly depends on the system architectures, networks and communications, data processing and ubiquitous computing technologies, which support efficient and reliable physical and cyber interconnections. In addition to the handling of huge sensed data, physical infrastructures, interfaces/middleware, and application services are required to support intelligent management and other business related activities, including clouding computing, big data, semantic web, knowledge coordination, and social computing. Due to the challenging open issues, intelligent IoT deserves academic attentions from the diverse aspects of information, network, management technologies, and society science.

E, por fim, Clay Shirky, no TED, explicando como a internet pode ser instrumento de transparência política e empoderamento dos cidadãos: