Twitter Thoughts
Sobre o Twitter já postei aqui e aqui, entre outros. Muitos comentários no próprio Twitter e vários artigos aparecem aqui e acolá. A partir do último texto do S. Johnson no NYT e do In defense of Twitter” no BLDG Blog de Geoff Manaugh, deixo aqui alguns pensamentos, no estilo Twitter, sobre o Twitter em meio a uma virose que me derruba:
– Twitter não é como um Moleskine, para notas pessoais, em segredo,
– É rede social. Pequenos fragmentos de pensamentos ou notas banais para tocar a si mesmo e ao outro.
– Ninguém entende no começo para que serve, depois todos entendem e adoram. Assim como a banalidade e a frivolidade do quotidiano.
– É ferramenta de “mindcasting” ou de “seed of an idea” (Jay Rosen da NYU). Idéias podem germinar em aulas, blogs, livros, artigos…
– É um “ambient awareness” (Clive Thompson).
– Serve para ampliar espacialmente a conversação de qualquer coisa. Vejam o uso das “hashtags”, tipo “#qualquercoisa” (inventadas pelos usuários, assim como o “@” para se referir a algum twitter)
– É um instrumento que ajuda a criar e reforçar o capital social. Me sinto próximo de pessoas distantes e sinto que elas se aproximam de mim.
– É um ótimo instrumento para receber drops de informações, linkadas ou não em micro URLS.
– Um “quick work in progress”. Para passar e guardar sentimentos ou pensamentos como haikais!
– É um “lugar” para desabafos, tipo #prontofalei, para narcisismo e construção de subjetividade.
– Instrumento para novas formas artísticas ainda pouco exploradas – micro-contos, haikais, poesia…
– Cria uma temporalidade de micro-ações em micro-pensamentos, micro-sentimentos, micro-comentários, micro-informações…
– Buracos negros da informação, da sociabilidade e do desabafo: alta densidade em poucos caracteres.
– São os aforismos da era da cibercultura. Nano-posts condensando o mundo.
– Prova de que small is beatiful e que menos pode ser mais?
– O twitter só faz sentido em um mundo de abundância, onde o micro se destaca do macro. Onde há o macro, busque o micro, onde há o micro, busque o macro!
To be continued!
Olá Prof André.
Li esse post e fiquei pensando… ainda não aderi ao twitter exatamente por não perceber sua real usabilidade, pra que serve mesmo? Tenho lido em alguns blogs e textos jornalísticos sobre essa nova febre da web e todo o seu potencial e lendo seus pensamentos a la Twitter comecei a me questionar se essa mídia não é superficial demais, no meio de uma rede onde já existe tanta superficialidade… Estou convencida de que menos pode ser mais num mundo com tanta abundância como você mesmo coloca, mas fico me sentindo meio besta recebendo esses drops de informação "superficial". Sei não, mas ainda não me convenci. Não será só uma maneira de ficar de certa forma em evidência?
Abraços.
Oi, André. Parabéns pelo blog.
Gostaria de saber se você acha que o twitter vai memso pegar (ou já pegou) no Brasil. Não uso twitter e a maioria dos meus amigos também não usa. Será que eu é que estou por fora? Ou será que isso é um sinal de que somos culturalmente diferentes dos norte americanos?
Sinto que as mídias convencionais têm feito campanha pró-twitter, mas acho que não é assim que essas coisas pegam… O que você acha?
Obrigada pela atenção.