Surveillance in Latin America

Surveillance in Latin America


Vizinhos vigilantes em Edmonton, Canadá

Participei na quinta e sexta feiras, dias 05 e 06 de março, do simpósio internacional “Vigilância, Segurança e Controle Social na América Latina”, na PUC-PR em Curitiba, evento sob a coordenação geral do amigo Rodrigo Firmino. O evento foi muito bom e o primeiro do gênero envolvendo países latinos do sul. Os trabalhos apresentados, incluindo o meu artigo, estarão disponíveis em breve aqui. Para uma visão preliminar deixo abaixo o meu resumo.

Mídias Locativas e Vigilância. Sujeito Inseguro, Bolhas Digitais, Paredes Virtuais e Territórios Informacionais.
André Lemos

Tecnologias e serviços baseados em localização (LBT e LBS) emergem de pesquisas militares para localizar, controlar, monitorar e vigiar pessoas, lugares e objetos. Autores têm chamado a atenção para os perigos da “internet das coisas” (Kuitenbrouwer, 2006, van Kranenburg, 2008) já que informações pessoais podem ser facilmente disseminadas e/ou estocadas em bancos de dados. A computação ubíqua invade lugares transformando tudo e todos em fontes de dados. Digital footprints emanam de forma invisível, oferecendo informações desse sujet insecur (Rosello, 2008) como a forma mais sutil de vigilância na sociedade do controle (Deleuze, 1992). Os pervasive environments criam territórios informacionais (Lemos, 2007) e demandam digital bubble (Beslay e Hakala, 2005) ou virtual wall (Kapadia et al., 2007) para a proteção da privacidade. Artistas e ativistas têm tensionado essas questões a partir do uso crítico das LBT e LBS. O termo locative media foi por eles criado para se diferenciarem de projetos comerciais. O objetivo desse artigo é mostrar como os conceitos de digital bubble e virtual wall comprovam a existência de territórios informacionais evocando questões ligadas à novas formas de vigilância (difusa e invisível). Para ilustrar daremos exemplos da vida e da arte com câmeras de vigilância, redes Bluetooth e telefones celulares e uso de etiquetas RFID.

One Reply to “Surveillance in Latin America”

  1. Bom dia, André. Olha só: minha linha de pesquisa é a midiatização, nos moldes propostos, entre outros, por Antônio Fausto Neto e José Luiz Braga, by Unisinos, mas com ênfase no jornalismo. Parto do princípio que jornais, revistas, rádios, tevês, webjornais, blogs e microblogs, mais que vetores de midiatização, são afetados pela processualidade desta, midiatizando-se e complexificando, assim, uma lógica evolutiva com pelo menos 300 anos de evolução. Nas leituras que fiz por ocasião de minha tese, e para além desta, percebi a necessidade de estreitar os laços entre midiatização e cibercultura, complementares. Se for de seu interesse, gostaria de começar a conversar com você a este respeito. Meu e-mail: dsoster@uol.com.br. Grande abraço.

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