Realidade Aumentada
No twitter ou nas publicações jornalísticas, a bola da vez são os sistemas de realidade aumentada. Os jornalistas descobriram agora essa possibilidade de cruzar camadas de informação eletrônica com objetos concretos ou com imagens do espaço urbano. No entanto, os projetos disso que se chama de “realidade aumentada”, começaram na década de 1990 na Boing. Agora tornam-se populares através da publicidade e do marketing, seja em saco de salgadinhos, videoclipes, infografias…
Podemos dizer, para simplificar, que há dois tipos de projetos: um tipo que usa a simulação indoor e outro que interpola camadas de informação com o espaço “real”, o locativo outdoor. O primeiro, que chamo de “indoor” ou de simulação a partir de objetos – que podem estar em qualquer lugar – que são usados como superfície para “aumentar a realidade”. O segundo tipo agrupa os locativos que usam o espaço urbano como camada para superposição de informação eletrônica. Estes são, ao meu ver, os mais interessantes. Eles revelam, talvez, um dos aspectos mais fascinantes das mídias locativas: o de poder casar camadas de informação eletrônica com o espaço físico, expandindo o uso do espaço público. Aqui importa o local exato onde está o usuário, identificado por GPS e bulssola presentes nos dispositivos móveis como smartphones. Aqui, efetivamente, podemos ver o que tenho chamado de “download” do ciberespaço para as coisas e os objetos (a “internet das coisas“.)
Com a realidade aumentada, há uma “evolução” dos sistemas de realidade virtual, mas indo para o outro lado: não mais entrar nos sistemas simulados em 3D, como na RV, mas fazer com que as informações colem às coisas, “aumentado a realidade” do usuário. É nesse download do ciberespaço, proporcionado pelas mídias locativas, que emerge possibilidades de novos usos e significações do espaço urbano, criando uma outra relação info-comunicacional com os lugares. Podemos pensar que, para além de suas características físicas, sociais, políticas, os lugares devem ser vistos, de agora em diante, também como banco de dados, ou, de forma mais comunicacional, como mídia. Bom, o aprofundamento dessa reflexão deixarei para mais tarde já que estou formulando um projeto de pesquisa nesse sentido.
Globo
ARHrrrrrr
Infografia no Estadão
Videoclipe
2. Vídeos de Realidade Aumentada Locativa
Layar
TwittAround
Invisíveis
Mscape, HP
Mobvis
Augmented ID
Ótimo post, André.
Recentemente fiz um post sobre o sistema de Realidade Aumentada da revista TRIP (ver link: http://poparte.wordpress.com/2009/07/16/revista-trip-aumenta-que-eu-gosto-ra/).
Abraços