Places
Lugares são pontos do espaço dotados de sentido social, cultural, histórico. Ele é o topus, onde a vida social ganha sentido e contornos mais nítidos lutando contra o vazio e a insignificancia do espaço ao redor.
Dois posts do WebUrbanists mostram isso pelo sentido oposto: Lugares para esperar o fim do mundo, cujo sentido de proteção pessoal se estabelece no esvaziamento de sentido social – a espera do fim da civilização, logo do social, da cultura e de todos os lugares (undergorund rooms); e os lugares abandonados, que fizeram sentido em determinado momento, que deram abrigo a formas sociais e culturais e que, pelas suas próprias dinâmicas e a dimensão implacável do tempo, perderam sentido, viraram não-lugares, lugares abandobados: (Abandoned Places). Vemos aqui lugares contruídos e abandonados onde a dimensão dos processos técnicos são norteadores da nossa relação com o espaço. A produção social do espaço, em sua natureza técnica, cria e apaga sentidos: plantas industriais que não servem mais, abrigos nucleares, espaço sociais fantasmagóricos…. Nada mais nada menos do que a dinâmica socio-técnica produzindo espacialização – pela construção ou pela destuição!