Mais dois projetos mostrando como as “locative media” e as fotos com tags e localização em mapas servem como instrumentos de novas leituras e escritas do espaço urbano.
O primeiro projeto vai acontecer na próxima semana em Leeds, GB, o Leeds Open Street Mapping Party”. Aqui os participantes com GPS farão uma festa para mapear a cidade. O “open street map” é um projeto colaborativo de acesso e construção de mapas ao redor do mundo. Para mais informações vejam o wiki: “OpenStreetMap is a free editable map of the whole world. It is made by people like you.OpenStreetMap allows you to view, edit and use geographical data in a collaborative way from anywhere on Earth.(…) OpenStreetMap is a project aimed squarely at creating and providing free geographic data such as street maps to anyone who wants them. The project was started because most maps you think of as free actually have legal or technical restrictions on their use, holding back people from using them in creative, productive or unexpected ways.” Há mapas de algumas cidades brasileiras como Rio, SP, Salvador, BH, Brasília…Há várias “mapping parties” acontencendo ao redor do mundo.
Abaixo o mapa de Leeds:
Segundo os organizadores do Leeds Mapping Party:
“Tim Waters has finalised plans for Leeds’ first Open Street Mapping party on 15+16th September…Tim’ll walk everyone through how things work and has a few GPS units as loaners for people without the necessary gear.(…) It sounds like a lotta fun, a chance to learn about locative media and also contribute to an important project. Do let him know if you’re coming at the Upcoming listings page.” Mais informações sobre esse projeto aqui.
No que se refere às fotos, a prática do “photobombing” inverte a forma de indexação de imagens digitais a mapas e localização. É comum o uso de tags em fotos digitais mapeando o lugar onde elas foram tiradas. No photobombing, ao contrário, pessoas colocam fotos impressas em lugares públicos das cidades e depois criam tags em sistemas como o Flickr, por exemplo, mapeando e indicando o lugar onde a foto foi “inscrita” no espaço.
Como afirma Imran Ali no seu blog: “Photobombing is essentially the act of attaching printed photographs to public places and leaving their corresponding geotagged digital equivalents at public web sites such as Flickr. I guess it’s basically the inverse of geotagging, rather than tagging a digital map with digital photos, you tag a physical place with real photos :)”
Abaixo um foto deixada no espaço público (no blog photobombing) e o mapa (o ponto em vermelho indica a foto) mostrando o local onde a mesma está anexada.
Como mostramos em alguns artigos, trata-se de novos formatos de utilização dos mapas como fenômeno de massa (qualquer pessoas sem conhecimentos técnicos de cartografia pode fazer e de forma colaborativa com Wikis, como no exemplo do “Open Street Maps”, e sempre como “parties”, festas!) e também de criação de maneiras atuais de apropriação (leitura e escrita próprias) do espaço urbano, fundindo, de forma inequívoca, o espaço urbano e o ciberespaço.