Artigo interessante produzido por geógrafos, Martin Dodge e Rob Kitchin, sobre a “vigilância” de dados pessoais com a computação pervasiva (pervasive computing, ou computadores em todas as coisas). O artigo busca discutir processos que retêm informações sobre a vida das pessoas, os “life-log”. São sistemas que nunca esquecem os traços que deixamos nas mais diversas ações, eventos, conversas ou outras expressões da vida quotidiana. Os autores vão clamar por uma ética do esquecimento, forma de lutar contra a tirania dessas máquinas que nunca esquecem. Os autores concluem o paper dizendo:
“To counter the potentially pernicious effects of pervasive computing we have suggested the development of an ethics of forgetting that is materialised through the `loss of memory’ in a life-log.While building fallibility into the system seemingly undermines life-logging, it seems to us the only way to ensure that humans can forget, can rework their past, can achieve a progressive politics based upon debate and negotiation, and can ensure that totalitarian disciplining does not occur.”
Vejam o artigo “Outlines of a world coming into existence’: pervasive computing and the ethics of forgetting” aqui em PDF.