Desconectar

Desconectar

Enquete com depoimentos sobre o que fazemos para desconectar.

Na Continuum do Itaú Cultural.
Abaixo reproduzo o meu:

“Minha estratégia principal para desconectar é ler romances. Acho que temos de achar um equilíbrio entre o que chamo, metaforicamente, de ´clique´ e ´contemplação´. A internet e os demais dispositivos eletrônicos nos permitem interagir, produzir e compartilhar de forma inédita. Podemos, pela primeira vez, produzir, consumir e distribuir informação sob os mais diversos formatos (texto, áudio, foto, vídeo) e a todo o planeta, quase de maneira imediata. As novas tecnologias informacionais em rede nos possibilitam emitir, distribuir e produzir colaborativamente. Sempre que podemos emitir livremente e cooperar com outros, podemos reconfigurar a cultura, a sociedade, a política. Temos de aproveitar essa oportunidade. É isso que chamo aqui de ´clique´. Mas devemos também saber o momento de desligar, de viver a duração – e não os instantes fragmentados e numéricos do tempo cronológico -, de consumir menos, do alimento à informação. Devemos assim buscar momentos de contemplação. E não há nada aqui, necessariamente, de religioso ou místico. Trata-se apenas de fechar os olhos para ler um livro, ouvir uma história, seja ela contada por um filme ou por uma música, deixar que outros nos levem pelas suas narrativas. Devemos aproveitar as possibilidades fantásticas do ´clique´ que a cibercultura nos propõe, mas devemos também saber o momento de ´contemplar´. Para mim, há dois momentos: ler e brincar com os meus filhos.”