Amanhã participo como ouvinte (como é bom isso!) do Data Ethics Workshop, organizado pela Inisght, um dos maiores centros sobre Data Analitics da Europa no Royal Dublin Society.
O evento faz parte de uma conferência maior, Predict, sobre algoritmos e big data. Espero em breve colocar reflexões sobre esses temas de forma mais articulada.
Em pouco tempo, desde que cheguei em Dublin nos últimos dias de agosto, participei de três eventos nos quais os algoritmos e os dados digitais são aspectos centrais nas interrogações sobre os desafios da sociedade contemporânea (City and Data, em Maynooth, e o Workshop do projeto de cooperação Newton Fund em Bristol e Plymouth sobre “augmented urbanism”). Vejam os posts anteriores.
Pode-se notar um cruzamento constante e interessante de indagações vindas da geografia, da arquiterura, da engenharia de softwares, da sociologia, da filosofia… e da comunicação. Uma das questões centrais no debate é justamente a mediação como forma de comunicação. É nessa nova qualidade da mediação que aparecem os problemas atuais mais urgentes: previsões e antecipações, sistemas inteligentes (smat city, house, saúde…), proteção de dados pessoais…Tudo isso está em discussão justamente pela força mediadora das tecnologias e dados digitais.
Um dos objetivos do workshop é discutir a proposta de uma Magna Carta for Data que poderia (deveria) ser adotada globalmente para estabelecer novas formas de conduta de organizações, empresas, usuários, serviços, tecnologias…A proposta está em discussão, assim como a similar (mas mais restrita do que a proposta de uma Carta Magna) lei de dados pessoais no Brasil.