Replico aqui o meu post no Trezentos sobre a tentativa de coibir o uso do Twitter pelo governador Jacques Wagner.
Circulou uma discussão no Twitter e quero esclarecer que não faço aqui uma defesa pertidária, mas sim pela liberdade de expressão no ciberespaço e pelo reconhecimento da diferença entre as mídias “pós-massivas” e as tradicionais, de massa, concessão do Estado.
Abaixo o post no Trezentos:
“Censura na Bahia ao Twitter do Governador!
A pedido do PMDB, do ministro Geddel Vieira Lima, candidato ao governo baiano nas próximas eleições, a Procuradoria Regional Eleitoral da Bahia (PRE-BA) quer suspender a conta do Twitter do governador Jacques Wagner (http://twitter.com/imprensawagner) alegando que o mesmo está fazendo campanha eleitoral antes da hora. A questão é grave, não apenas contra a democracia na Bahia, mas no Brasil como um todo.
Devemos entender essas ferramentas como instrumentos conversacionais, não massivos e como tais devem permanecer livres. O problema é que ainda se pensa nas ferramentas pós-massivas, como blogs ou twitter, como mídias de massa, instrumentos de comunicação por concessão pública e controlados por grande empresas donas desse mesmo conteúdo (quem vê a Globo não sabe que está havendo uma Olimpíada de inverno. Não há informação já que emissora concorrente cobre o evento. Não há fato, notícia, só jogo do capital).
Devemos ficar atentos. Já há movimentos no twitter (#defendoJaquesWagner), mas o precedente é grave. Não deixar um governo usar o Twitter me parece algo totalmente estapafúrdio!”