Estou na Campus Party desde ontem. É a primeira vez que participo. O ambiente é excessivo em todos os níveis: banda larga de 10gbs, 6000 participantes, conferências, paineis e reuniões espontâneas, muito barulho. O evento é uma grande festa que reforca o carater efervescente e orgiástico da cibercultura: orgia de signos, de máquinas, de códigos, de falas…uma despesa que não chega a ser improdutiva (todos estão fazendo algo interessante em diversas área – games, vídeo, música, blogs, etc) mas que remete muito mais a um momento de união e troca do que a formas solenes de discussão sobre as tecnologias de informacão.
O evento me lembrou um bem menor, mas com o mesmo espírito, que participei na Holanda, em Lelystad, em 1993, se não me engano (e relato no meu livro Cibercultura), sobre hacking: o “Hacking at the End of the Universe“, organizado pelo Hacktic. Era em um camping onde pessoas ficavam em barracas e as discussões, palestras e workshops eram realizados ao ar livre, na tenda principal (como um circo) e na área de conexão, com computadores espalhados em mesas. O ambiente era cooperativo e, por ser menor, mais íntimo. Pessoas lavavam os banheiros, os pratos, compartilhavam comida, etc. O espírito da cooperacão, da colaboracão e da discussão já se dava desde a década de 1990. Hoje a Campus Party, mesmo recheada de empresas, promocões e publicidade, ainda conserva essa vibe.
Tenho visto ouvido alguns painés. Participo hoje de um debate sobre o Trezentos e amanhã de dois, um sobre blogs e outro sobre Gambiologia. (ver post anterior).
Uma farra de dados e de encontros, de improviso e de conexões. O código está circulando por todos os lados. Hoje assisti um painel sobre arte e código aberto e fiquei pensando sobre eles (em breve um post específico, com muitas dúvidas, críticas sobre esse tema).
Vou agora para o evento do Trezentos, no Bar Camp.
André, seu artigo me remeteu a um programa não sei se interessante, mas, no mínimo curioso. Talvez você já o conheça: iType2go. O comprei em promoção por US$ 1,99 para iPhone. Você caminha pelaí, a esmo ou não, e vai tuitando/facebookando, smsando ou mailando na tela do seu iPhone. A tela mostra o que está adiante de você ou a seus pés. Pareceria um filme, mas não filma. Revela ao vivo o seu caminhar.
Mudando de assunto, vou ao Campus Party na 5ª e na 6ª e gostaria de conversar com você. Vou tentar te chamar via @twitter, ok? o meu é @zilveti.
Abraços,
Mari-Jô Zilveti
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Oi MAri-Jô, estou aqui na cparty. Podemos conversar…meu twitter @andrelemos