Voltando de Brasília, onde ele ia muito também, abro mais uma carta que encontrei nos seus papéis. É de 10.IV.73, quando morávamos no Rio. Ele viajava muito. Ele estava em Salvador. Uma carta com o papel já amarelado, mas com as letras bem legíveis escritas em tinta vermelha.
A carta começa com ele dizendo que ficou muito feliz com a minha carta. Pede que eu me dedique aos estudos e que faça um esforço agora pois tudo ficará mais fácil depois.
Transcrevo (algo próximo de uma psicografia), trechos da carta que termina assim:
“Se fosse por minha vontade exclusiva nunca sairia de junto de vocês, por isso, peço-lhe que, mesmo sentindo a minha ausência, conserve-se alegre e feliz porque seu pai está trabalhando para sua felicidade e de toda nossa família.
Breve estarei de volta para abraça-lo e fazermos os nossos passeios.
Meu abraço amigo e bençãos. Seu pai”