Essa semana que entra participo de dois importantes eventos, um em São Paulo e outro em Curitiba.
O primeiro, organizado pelo Itaú Cultural e o portal Terra, é o Media On, “um fórum criado por jornalistas e profissionais da internet para debater os rumos de suas atividades e as tendências da informação no mundo digital. O evento de estréia será o 1º Seminário Internacional de Jornalismo Online, realizado na sede do Itaú Cultural em São Paulo, de 12 a 14 de junho de 2007. Entre os palestrantes e mediadores estão alguns dos mais renomados e bem sucedidos jornalistas, produtores de conteúdo e executivos de mídia do Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, França e América Latina. As discussões estão abertas ao público, as inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. O evento também terá transmissão ao vivo pela Internet.”
Nesse evento vou falar sobre o novo cenário da produção midiática, as funções massivas e “pós-massivas”, e os papéis do público e do jornalista na cibercultura. Não há mais vagas e o número de pretendentes na lista de espera é enorme, segundo me disseram os organizadores.
O outro evento acontece em Curitiba e é o mais importante encontro da área de comunicação na minha opinião, junto com a Intercom. A Compós reúne o que de melhor se faz em pesquisa na área de comunicação no Brasil através de 12 GTs temáticos. Vejam o site para mais informações. O encontro será na Universidade Tuiutí, Curitiba e se realiza de 13 a 16 de junho. Participo de GT Comunicação e Cibercultura e vou falar sobre “territórios informacionais”, funções “pós-massivas” e mídias locativas.
você acredita mesmo na importância do MEDIA ON?
estive lá, te ouvi e também ouvi os outros bem sucedidos jornalistas – por muito pouco escapei de ouvir até o Cláudio Lembo, o mais recente colunista daquela revista do Terra…
enfim, me interessa muito a sua opinião, e, portanto, se for possível, me diz:
as grandes marcas da comunicação [bbc, rede globo, new york times etc.] ainda são dotadas de tanta credibilidade quanto foi proclamado nesse seminário?
ou
as grandes marcas -nesse modelo arcaico- ainda têm seu público cativo por mera força do hábito e desentendimento tecnológico e mesmo assim, um público careca de saber que informação nesses veículos é o que menos interessa, não passa de negócio editorial entre anunciantes e Estado, sendo que o negócio além de ser arcaico seus donos viraram refém?
quem é que acredita na versão inglesa de qualquer notícia árabe, mesmo que escrito na língua pátria? qual ser humano do mundo árabe vai levar a sério aquilo que está na BBC, efeitado com ferramentinhas -controladas pela marca BBC- de relacionamento. Relacionamento com quem?
Oi Malu, você tem razão mas força um pouco a análise. O evento foi interessante, no que pude ver: auditório lotado, público interessado, críticas, exposições sobre a forma de trabalho dos veículo. Foi importante por reunir especialistas dos veículos e alguns (poucos) acadêmicos e por ter uma participação ativa do público. As suas críticas são pertinente, entretanto.