Há 20 anos, na Salle Louis Liard…
21 novembro 2015
Salle Louis Liard, Sorbonne, Paris.
Hoje, há exatamente 20 anos, nesse mesmo horário, estava defendendo a minh
a tese de doutorado em presença de Irene Pineiro e meus queridos colegas do CEAQ/Paris V. Fui arguido pelos mestres Michel Maffesoli (meu orientador), André Akoun (1929-2010), Pierre Fougeyrollas (1922- 2008) e Pierre Lévy que compuseram a banca examinadora. Fui aprovado com menção “Très honorable avec félicitations” (a mais alta distinção acadêmica em um doutorado na França). Fiquei muito feliz pelo coroamento de quatro anos de muito estudo, dedicação e esforço. Devo muito a Irene e a todos os colegas a amigos do CEAQ/Paris V, a Maffesoli, e ao ambiente de cooperação acadêmica e ajuda em momentos de crise.
Lembro da arguição. Pierre Fougeyrollas falou de um “reenchantement Lemosien”, Pierre Lévy que esta seria a primeira tese que ele conhecia sobre Cibercultura, Michel Maffesoli, como orientador, apenas me apoiou e André Akoun apontou interessantes questões sobre a ciência e a técnica. Uma banca muito tr
anquila e sem pegar muito no meu pé, com mais elogios do que críticas. Eles foram muito gentis comigo. E lembro, claro, da comemoração. Primeiro do “pot” (vinhos e belisquetes de praxe após cada “soutenance” – lembro do Luis Martino vindo me pegar em casa de carro para me ajudar a trazer os vinhos e as comidinhas…) nos fundos da Salle Louis Liard, e depois da festa com os amigos (Juremir Machado da Silva, Luis Martino, Rosa Lucila, Cesar e Rosane Nitschke, Olivier Cathus, Bertrand Ricard, Federico Casalegno, Natasha Perez, Ugo Ceria, Geraldine Adam, Celma e Francis…e tantos outros brasileiros, franceses, italianos – me perdoem por não citar nominalmente todos), primeiro na casa de Federico e depois em bares e restaurantes pela cidade (não lembro de todos por causa do teor alcoólico depois da defesa…). Devo ter fotos, mas não estão comigo nesse momento. Uma pena, adoraria rever a cena!
Tempo maravilhoso, com amigos fantásticos e de um grande aprendizado para o resto da vida. O que da maturidade tenho (de bom e de ruim) veio desse período na França. Estou marcado para sempre. Como diria Gilberto Gil, a França, Paris e a Sorbonne me deram “régua e compasso”. Vou tomar um Bordeaux para comemorar!