@re_vira_volta

Publicado o meu novo e-book, “@re_vira_volta. Uma experiência em Twitteratura“, ficção que nasceu no Twitter, agora como e-book pela editora Simplissimo.

Abaixo a apresentação:

Primeira experiência de literatura sequencial, como uma novela, via Twitter no Brasil, @re_vira_volta conta a história de um personagem que se vê desaparecendo dos bancos de dados eletrônicos que comandam a vida social. A narrativa cruza referências e citações da literatura (Paul Auster, T.S. Eliot, S. Mallarmé, P. Verlaine, S. Beckett, J. L. Borges, C. Baudelaire) e da música (R.E.M, P. J. Harvey, Lou Reed, Pink Floyd). A ficção se inspira em três eixos: 1. a discussão sobre o livro do futuro, ou o fim do livro; 2. os mecanismos de controle, monitoramento e vigilância, e 3. a memória e a existência fragmentada na sociedade informacional do século XXI.

A narrativa foi construída em duas contas no Twitter: @re_vira_volta e @re_viravolta (que podem ser vistas online em http://twitter.com/re_vira_volta e http://twitter.com/re_viravolta). A primeira conta é o eixo central da história que remete, de tempos em tempos, à segunda. Essa, @re_viravolta, configura-se como uma espécie de diálogo com o leitor, como um alter – ego do narrador (em negrito no texto). Aqui aparecem imagens, sons, fotos, links. Nesta versão impressa há pequenas correções e ajustes no texto, mas a maior parte é a que apareceu originalmente no Twitter.

Os capítulos do @re_vira_volta foram publicados uma vez por semana, aos sábados (e às vezes aos domingos), começando no dia 27 de junho de 2009 e terminando no dia 27 de junho de 2010. Quase sempre a escrita dos capítulos se dava no mesmo momento de sua publicação, quase que em tempo real e desde vários lugares (Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Victoria – Canadá, entre outros). O signo “&” no início de cada frase foi um recurso utilizado no Twitter para identificar a ficção. Resolvemos mantê-lo na versão e-book pela sua função estética e por fazer parte da economia simbólica dos 140 caracteres máximos exigidos em cada “post” no Twitter. Em quase todas as frases, há exatos 140 caracteres (incluindo os espaços vazios). As fotos desse livro foram adicionadas depois. Todas foram tiradas e editadas pelo autor. Elas têm alguma relação com o que se passa na narrativa, sendo uma espécie de equivalente visual da história escrita no Twitter.