Bus and Cell Phone

Bus and Cell Phone


Escrevendo no celular (Blackberry) em ônibus em Edmonton, Canadá

Post do blog palavras, palavras, palavras (via Mônica Paz na lista do GPC) mostra como o uso do telefone celular muda práticas quotidianas, no caso, a escrita em mobilidade em transportes públicos. O que é interessante ver é a mudança de interface ou de software em um dispositivo altera seu uso e como os deslocamentos na cidade podem ser “criativos”. As fotos que uso para ilustrar esse post foram tiradas por mim no mesmo dia, no mesmo ônibus, em Edmonton, Canadá.

“Para mim, o transporte coletivo é um meio muito fecundo. Acho que as melhores idéias que já tive foram a bordo de um ônibus: o mote ou o verso para começar um poema, a idéia-chave para a conclusão de um artigo, a compreensão de um conceito que parecia incompreensível…

Ao despontar uma idéia, procurava desesperadamente papel e caneta em minha bolsa para virtualizar minha memória – era um desespero frenético, pois as minhas idéias são muito fugazes; quando menos se espera elas batem asas e vão embora. (…) Há pouco tempo, comprei um telefone celular novo. Das muitas diferenças entre o meu aparelho anterior e o atual, esta é a melhor: a possibilidade de criar notas com até 3.000 caracteres! Isso corresponde a mais da metade – 80% – de uma página tamanho A4, escrita em fonte 12, e eu posso criar mais de 10 notas. No fim das contas, dá para escrever umas oito páginas.


vendo um filme no notebook em ônibus em Edmonton, Canadá

Que maravilha o celular! Posso registrar os meus devaneios, uma idéia que não quero ver perdida, com a maior facilidade, sem ser notada por ninguém. O movimento do ônibus não interfere mais, na verdade ele nem é percebido, e, quando eu nem vejo, já cheguei ao meu destino, carregada de textos em meu bolso. Antes, na luta com a caneta e o papel, eu registrava um verso, tópicos, pontos importantes para serem desenvolvidos em momento oportuno. (…)

Ultimamente tenho pensado bastante, e trabalhado também, para comprar um carro – sair de casa mais tarde, chegar mais cedo –; aproveitar mais o meu tempo de estudo. Acho que vou desistir da idéia… Com um celular meio “note-book” e uns livros, o ônibus pode ser um local de estudo. Até o engarrafamento diário será menos entediante. (…)”


Jogando na Nintendo DS no ônibus em Edmonton, Canadá.

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