Graffiti and Street
Domingo de sol e entre uma leitura e outra, dirigo meu olhar para a cidade e tento também lê-la. No meio da rua, na McGill College, Then and Now, uma exposição de fotos do século XIX dialogando com outras atuais, iniciativa da Concordia University, com apoio do McCord Museum.
Homeless escrevendo e calculando!
Vejo um “homeless”, cercado de sacos plásticos, uma calculadora e um bloco escrevendo compulsivamente. Depois, na esquina vejo marcas explícitas no chão, contra o desmatamento. Paro para almoçar no Comensal, restô natureba e a kilo (dica do Pierre Lévy, com quem fui a um mês atrás).
Marcas contra o desmatamento
Na sequência fui ver o festival internacional de Graffiti, Under Pressure, na Saint Laurent, no Quartier des Spectacles. Muita gente e a cultura hip hop a toda (graffiti, break, rap).
Graffiti no pátio atrás do Founfoun Electrique
E agora, para terminar, estou no Parc La Fontaine, na conexão aberta do projeto Ile sans Fil, onde já postei sobre os novos significados do lugar com a possibilidade de conexão aberta e a criação de um novo território (informacional) em meio às diversas outras formas de territorialização.
símbolo de redes sem fio? Ou são meus olhos?
Tattos no corpo todo – 100% segundo o prórpio – No Under Pressure
Fotos, marcas, grafftis, todas expressões urbanas que visam criar um enraizamento social, comunitário, seja pelo prazer solitário da escrita (o homeless), seja pela memória imagética (as fotos), seja pelos desenhos no protesto ambiental (as marcas no chão), seja pela escrita urbana dos graffitis (junto com skate e muito hip hop) ou no corpo tatuado.
Por incrível que pareça, o domingão foi salvo!