Territoires
Ainda no Musée de la Civilisation du Québec, visitei também a exposição Territoires , sobre a história da ocupação do Québec e das primeiras nações. Me deparei com defnições de território que me parecem interessantes e muito próximas das que apresento quando da discussão sobre o que venho chamando de “território informacional” (vejam meus artigos e posts sobre o tema efetuando uma busca nesse Carnet – link ao lado):
No texto de Henri Dorion (“Un Territoire ou des Territoires?”) no catálogo da exposição (“Territoires – Le Québec”, dirigido por Dekoninck, Marie-Charlotte, Musée de la Civilisation, Edition MultiMondes, QC, 2007), podemos destacar uma citação de Christine Chivellon e uma passagem de Dorion, respectivamente:
“Il s’agit de considérer le territoire comme le résultat d’une appropriation d’un espace offert comme champ de possible et (de) compreendre à travers ce travail opérer sur l’espace, la mise en place d’un système sémique médiateur de la relation à l’Autre” (p. 9)
“Le território est l’espace vécu…on n’en est pas à la fin des territoires, mais plutôt à leur virtualisation partielle, et surtout à leur complexification…” (p.12).
A primeira citação apresenta bem o que entendo como território informacional, esse espaço de controle informacional digital, uma apropriação das camadas eletrônicas e físicas de um espaço, criando um “lugar”, no qual o que está en jogo são trocas comunicacionais, ou seja, o embate com o “Outro”. A segunda citação remete a pregnância do lugar e dos territórios frente a globalização e as tecnologias do ciberespaço. Como estamos tentando mostrar, essas tecnologias, mais que nunca, não decretam o fim dos territórios, dos lugares, mas suas virtulizações e complexificações.