Skype e Gerações
Acabo de falar com a minha mãe pelo Skype, com webcams e ela ficou impressionada. Minha mãe tem mais de 70 anos, nunca usa ou usou um computador e ficou maravilhada com a possibilidade de falar comigo e me ver ao mesmo tempo, estando tão longe e ela dizia, “tão perto”. Ela pode ver a minha casa aqui, a rua, as pessoas passando na calçada, os carros… E ela dizia: “impressionante isso, o homem é mesmo um ser muito inteligente, inventa coisas maravilhosas como essa”! E de vez em quando perguntava se eu a via, se eu a estava escutando, como se não acreditasse muito nesse efeito mágico da comunicação síncrona e multimidiática. Repetia e repetia “eu quero comprar isso? como chama isso? internet? skype?” … e não tirava o sorriso do rosto.
É impressionante o choque de geração. Falo com a minha filha todo dia (ela vai fazer 10 anos) e ela usa o programa fazendo outras coisas ao mesmo tempo, como se fosse a coisa mais natural do mundo. O que para minha mãe é mágica, para minha filha é o banal quotidiano. Contraste entre a geração literária e das mídias de função massiva e a nova cibergeração literária, das mídias de função massiva… e das mídias de função pós-massiva.