Mochi, Mochi,
Vamos discutir hoje no evento Cibercultura (veja último post) as mídias locativas. Acabo de receber um e-mail da minha amiga Raquel, de Tóquio, descrevendo sua impressão sobre o uso de GPS na capital japonesa. Tinha experienciado o uso desses equipamentos em Paris, Bonn e Viena. Entretanto, a penetração no Japão é mais radical já que parece não haver carros sem GPS…O aparelho é tão importante nos carros quanto o motor e as rodas ;-)). Aqui no Brasil a coisa tá ficando acessível e popular também (mais ou menos R$1.000). Várias locadoras de veículos já colocam o aparelho embarcado nos carros com os mapas das principais capitais brasileiras e alguns celulares no mercado já trazem o GPS embutido. Discutiremos mais isso hoje a noite no auditório do ICBA.
Vejam o depoimento:
“Aqui em Tokyo me impressiona a sofisticação dos gps nos carros e taxis. Outro dia saímos de carro com uns japoneses para uma casa de banhos (hotspring) bem tradicional e fiquei boba com o brinquedinho de localização: além de reconhecer a voz do dono e de “bater papo” com ele, o aparelho mostra imagens do trânsito em ruas a serem percorridas, traça alternativas quando está muito crowd determinada rua etc etc etc. As localizações de ruas aqui em Tokyo são ultra-complicadas, até mesmo para os japas, e imagino que se desse um pau geral nos gps de todos os carros (porque nunca entrei num carro sem gps) seria o caos na megalópole.”
Obrigado Raquel!
Achei interessante a parte em que ela menciona que o proprietário do veículo “bate papo” com o GPS. Isso apresenta outra possibilidade que cresce no mercado tecnológico que é a interação entre o homem e a máquina. As interfaces entre homem e máquina são cada vez mais próximas do processo comunicativo comum entre os homens. A outra questão que chama a atenção é da suposição feita pela sua amiga do que seria a cidade sem os GPS. Isso comprova que ficamos cada vez mais dependentes das máquinas e já passamos a criar paradigmas de que a vida seria impossível sem elas. Como diversos autores sustentam, as máquinas passam a ser uma extensão do homem que se torna, em tese, um cyborg.
Agora, que os brinquedinhos são divertidos são. Para quem gosta, vai dizer que não parece a tela do Need for Speed?